Mãe de Deus

Cristo é pessoa divina e Maria é a Sua mãe. Foi declarado no Concílio de Éfeso, em 431. Na época a Igreja vivia uma profunda polêmica interna causada pelos nestorianos, corrente muito popular entre as comunidades cristãs do Oriente. Segundo eles, Jesus tinha duas naturezas, uma humana e outra divina, mas pouco ligadas. Maria seria mãe apenas de Cristo como homem. Para combater esse pensamento, a Igreja outorgou-lhe o título de Theotokos (Teótokos), expressão grega que significa “Mãe de Deus”. CIC 502-507
Maria é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus que é Deus.
Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;
A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Crito, que é Deus;
Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;
A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Crito, que é Deus;
Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.
Theotokos – é o título grego da Virgem Maria, usado especialmente na Igrejas Católica e Ortodoxa. Sua tradução literal para o português inclui “portadora de Deus”.
Jesus Cristo não é somente o templo de Deus, mas o filho do próprio Deus que assumiu uma natureza humana. Por isso Maria não deu à luz somente ao homem no qual Deus habita, mas ao Filho de Deus. Na pessoa do Verbo Divino, a natureza divina e a natureza humana estão unidas sem separação e sem confusão. Por esta razão, São Cirilo de Alexandria1 (376d.C-444d.C), na sua homilia no Concílio de Éfeso, chamou Maria “cetro da ortodoxia”: em Maria se vê a verdadeira fé, nela se revela quem é Jesus Cristo.
O Papa Leão Magno, um pouco antes do Concílio de Calcedônia, em 449, resumiu a doutrina cristã em três pontos:
- A fé em Deus, Pai Onipotente;
- Em Jesus Cristo, seu Filho Unigênito, nosso Senhor;
- Que nasceu por meio do Espírito Santo de Maria Virgem. (GL 4,4-5)
O título de Mãe de Deus é o primeiro título de Maria, aquele que encerra, explica e incita todos os outros.
Imaculada Conceição


Resposta refutação I
Concepção Ativa – são os pais que agem para o nascimento do filho.
Concepção Passiva – é o filho que nasce como produto da união dos pais. (neste caso Deus pode interromper a transmissão do pecado).
Resposta refutação II
Maria não é uma exceção a redenção, Maria também foi redimida, foi salva, mas preservada do pecado, aplicando os méritos de Cristo, anterior ao tempo. A salvação de Maria está na preservação.
Virgindade Perpétua

Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. Foi declarado no segundo Concílio de Constantinopla, em 553. A virgindade de Maria é uma ideia tradicional, que remonta às origens do cristianismo, mas gerou bastante polêmica ao longo da história da Igreja. Foi questionada pelos pagãos, que não compreendiam como uma virgem poderia dar à luz. Já as tendências gnósticas dentro do cristianismo achavam que Jesus era filho de José. CIC 496-501
Embora o Segundo Concílio de Constantinopla (553), já tivesse chamado várias vezes em seus cânones infalíveis Nossa Senhora pelo epíteto de “Mãe de Deus e sempre virgem” (cânones II, VI, XIV), coube ao Papa São Martinho I, esclarecer totalmente a questão no Concílio de Latrão de 649, onde proclamou:
“Se alguém não professa, de acordo com os santos Padres, em sentido próprio e verdadeiro, Deípara a Santa Sempre-Virgem Imaculada Maria, na medida que, em sentido próprio e verdadeiro, no fim dos séculos, sem sêmen, concebeu do Espírito Santo e sem corrupção gerou Aquele que foi gerado por Deus Pai antes de todos os séculos, Deus Verbo, permanecendo inviolada também depois do parto a sua virgindade, seja condenado.“ (Concílio de Latrão de 649, Papa Martinho I – cânon III, cf. Denzinger, 503). Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Concílio de Trento, em 1555.
“Aeiparthenos”
“Sempre Virgem”
Podemos observar, nos textos da Sagrada Escritura, as várias citações de Maria virgem:
“A virgem conceberá e dará a luz a um filho.” (Is 7, 14)
“O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem, o nome da virgem era Maria”. (Lc 1, 26)
“Como será isso, pois não conheço homem algum?”. “O Espírito Santo virá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra”.” (Lc 1, 34-36)
“Maria concebeu a Cristo, virgem; deu-o à luz virgem; e virgem permaneceu”. (Santo Agostinho)
Assunção de Maria

Após a morte, Maria subiu ao Céu em corpo e alma. Depois de Cristo, ela foi a única criatura que teve esta distinção. Foi declarado pelo Papa Pio XII em 1950, mediante a Constituição apostólica “Munificentissimus Deus“.
Nesse documento, disse o Papa: “Cristo, com Sua morte, venceu o pecado e a morte e sobre esta e sobre aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for regenerado sobrenaturalmente pelo batismo. Mas por lei natural Deus não quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte, senão quando chegar o fim dos tempos. Por isso, os corpos dos justos se dissolvem depois da morte, e somente no último dia tornarão a unir-se, cada um com sua própria alma gloriosa. Mas desta lei geral Deus quis excetuar a Bem-Aventurada Virgem Maria. Ela, por um privilégio todo singular, venceu o pecado; por sua Imaculada Conceição, não estando por isso sujeita à lei natural de ficar na corrupção do sepulcro, não foi preciso que esperasse até o fim do mundo para obter a ressurreição do corpo”.
A Imaculada Virgem, preservada de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. CIC 966